domingo, 25 de outubro de 2009
samba e amor
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
o meu amor
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
E que me deixa louca quando me beija a boca
A minha pele toda fica arrepiada
E me beija com calma e fundo
Até minh'alma se sentir beijada
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que rouba os meus sentidos, viola os meus ouvidos
Com tantos segredos lindos e indecentes
Depois brinca comigo, ri do meu umbigo
E me crava os dentes
Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que me deixa maluca, quando me roça a nuca
E quase me machuca com a barba mal feita
E de pousar as coxas entre as minhas coxas
Quando ele se deita
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
De me fazer rodeios, de me beijar os seios
Me beijar o ventre e me deixar em brasa
Desfruta do meu corpo como se o meu corpo
Fosse a sua casa
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz
domingo, 4 de outubro de 2009
detalhes
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
versículo vigésimo segundo
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
21 andares
Quando finalmente o barulho diminuiu, Tereza já estava com o indicador direito colado na campainha, como se para todo o prédio ouvir. Ele abriu a porta ainda com o telefone na mão, sem camisa, olhando pra ela, os cabelos embolados, a blusa branca manchada da garoa, pedindo permissão para entrar. Ele lhe deu passagem e perguntou se ela queira uma água.
Ela sentou no sofá e, bem Tereza, puxou um assunto aleatório. Ele prosseguiu oferecendo um pedaço de um doce amarelo e foi esse o dia em que Tereza comeu pamonha pela primeira vez. E na verdade não gostou. Então, de repente, sem nem se lembrar o porquê, voltaram a discutir. Ela chegou a sair porta afora, mas ele, num puxão pela cintura, a trouxe de volta já com a boca colada na dela. Quando voltaram para o sofá, ele já tinha as mãos percorrendo-lhe as coxas por baixo da saia curta.
Eles treparam na sala, passaram pelo chão do corredor e terminaram em cima da cama, com Cesar aos prantos, perguntando como ela tinha coragem de fazê-lo sentir aquilo tudo e depois se despedir. Tereza já pegava a chave do carro e procurava um dos brincos que perdera no trajeto. Beijou-lhe as lágrimas, enxugou-lhe os lábios, mergulhou o nariz em sua nuca, ainda agarrada aos fios escuros que a percorriam, desculpou-se mais uma vez e bateu a porta em suas costas, ainda ouvindo os soluços que atravessavam a parede. Desceu o elevador, o rosto pálido em choque.
Terminou a noite, totalmente perdida, com as pernas abertas pro Beto, imaginando quem seria o pai se a pílula falhasse.