sexta-feira, 13 de agosto de 2010

and everyday you remind me how I'm desperately in need


Apesar de tudo, poderia passar a vida provando do teu veneno; ele fazia com que eu me sentisse alerta e viva. À beira de uma síncope, da perda dos sentidos, de um colapso, sempre à beira de. Em cada dose, uma cicatriz, uma tatuagem, uma marca para lembrar e carregar para sempre, e um rastro dessa substância viciante que me contaminava do bem e do mal. Que me deixou para sempre vestígios que não me deixam esquecer o que é um amor lancinante e fatal. Cada dose que deixou reservas escondidas em mim que eventualmente se liberam em gotas que ardem e adormecem meus sentidos, e diluem-se ao longo de dias que se estendem em noites sem fim. Malditos dias de solidão compartilhada à distância.
Mergulhos em lembranças de momentos que se escondem da rotina para não a transformar em suplício. Sonhos sem cheiro, para não acordar com o gosto da derrota de mim mesma ao me dar conta do quanto isso faz parte do meu dia a dia. Sem ver o que pode acontecer se eu continuar a me preocupar com isso, levando a vida sem a tensão, mas tampouco sem nossos delírios. E que delírios são esses se os vivíamos juntos?

2 comentários:

Antonio de Castro disse...

às vezes é melhor esquecer, mas lembrar faz perceber q continua ali.

Anônimo disse...

amo essa musica.....
bj
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