sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

sim.

Eu disse finalmente. A mim, a nós, por vós, por tanto tempo que esqueci de me lembrar da vida que passava rente ao chão batido a minha frente. Sou sua, quero sua, bebo sua,  tenho, corro, suo, choro, grito, vivo sua. Mudou o ritmo, o critério, o calor da manhã e das nossas pernas entrelaçadas pegajosas de verão. O esconderijo que criei desmoronou, e agora, eu me torturo, o quê é que a vida vez da nossa vida? Se não fosse por um dia e foi por e desde esse dia que eu me vi enlaçada na sua estrada sinuosa e me impûs limites desconexos e incoerentes para justificar a indecisão. Sim. Eu disse finalmente, como alívio e não como final. Eu disse e pensei, por que não disse antes, mas de imediato percebi que não faria sentido se não fosse agora. E se não tivesse sido assim, como estaria meu peito, senão inflado dessa ternura que me contagiou e hoje me aflige. Sim. Espero, desejo, aguardo, digiro, degluto, me lambuzo e não pretendo me esquivar.

2 comentários:

mariamia disse...

lindo

Antonio de Castro disse...

a gente toma decisões.

a gente tem que tomar.