segunda-feira, 20 de julho de 2009

segunda-feira

Era só mais um dia ordinário na vida de Clarice. Deixou a Bia na casa do irmão e seguiu para o trabalho.

Foi antes do chá preto da manhã, quando comprava os biscoitos pra acompanhá-lo, que Luiza voltou pra sua vida. Assim, sem mais. Desenrolou o cachecol do pescoço, livrando-se dos teimosos cachos, já sorrindo pro rapaz franzino do balcão, pedindo uma média e acendendo um cigarro.

Já eram tantos anos desde aquele dia do portão, que Clarice tremeu e gelou só com a idéia de que Luiza não se lembraria dela.

Mas como Luiza poderia esquecer aqueles olhos?

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