quarta-feira, 19 de agosto de 2009

já era de se imaginar

Eu não vou amar você. Pelo menos não por enquanto. Não pretendo me casar com você, mas se acontecer, não hesitarei. Estou aqui, se você quiser, para viver. Não quero vínculos, não tenho regras. Estarei aqui para andar ao seu lado, não amarrada. Não sei pra que tanta pressa, tanta ansiedade. Não sei porque esse desespero. Porque garantias. Pra mim, basta sermos eu e você.

E então, Clarice não pôde suportar o livre arbítrio, a liberdade recém conquistada, as escolhas a lhe torturarem e decidiu retornar para a certeza medíocre de onde saiu. Adeus frio na barriga, boca salivando, coração acelerado. Adeus vontades. Adeus. Correu de volta para sua vida enlatada, como um ladrão que roubou, mas não conseguiu levar, o rabo enfiado entre as pernas, muda, engasgada com a vergonha que lhe consumia pela covardia.

Chegou em casa; Gabriel inerte sentado na poltrona, olhando para a TV, nem ao menos se deu conta de que ela havia saído para nunca mais voltar.

Um comentário:

Anônimo disse...

adeus Luiza. ou sera ola?