terça-feira, 8 de março de 2011

carnaval de manhã.

Meu olhar continuou te buscando na multidão, mas esvaziar o copo me impediu de fugir. E eu queria continuar pensando em você, e que você aparecesse como se me esperasse só pra me tomar pelo braço e se embrenhar no meio do povo. Você beijando os nós dos meus dedos fundidos nos seus.

Impossível, de fato, tão bem assim. Nesses mesmos dias de hoje, em que a gente escolhe o que quer ser sem se preocupar com os olhares dos medíocres. Tudo isso seria hoje, algumas horas a mais.

A saia dessa vez deixei guardada no armário. Como seus enfeites, cujos detalhes não quero comentar, eu evito lembrar de como lhe caíam bem, e também os guardo no fundo do meu armário. Junto com a saia, que nunca mais será a mesma, tapete na sala de jantar.

E quando me tomaram a mão dessa vez, eu fechava os olhos e só via você, daqueles que não se encontra tão facilmente, não naquele verde, não daquele tom.

Não seria pouco se eu dissesse que além de tudo, não do que passou, mas do que eu sei que viria, eu sinto falta daquela sensação de saber que você desconstruiria o que eu achava que sabia sobre desejo. E muito, mas muito mais do que isso, porque isso efetivamente foi consumado. Mas, principalmente, sobre entender que ter é muito mais do que possuir.

tereza, fernanda e clarice de manhã.

Um comentário:

Arthur Dantas disse...

aiai (suspiro bem longo e dolorido). é...

Desculpe pela demora de minhas atualizações e de meus comentários, ultimamente ando sem saber o que pensar de mim.

Um beijo.