terça-feira, 26 de maio de 2009

301

Ela morava num desses prédios antigos que a gente sobe de escada e joga a chave pela janela quando chega uma visita. A sala era grande até, mas tinha muitas coisas espalhadas. A parede da esquerda era uma estante de prateleiras que ia do chão ao teto, dividindo-se entre livros, CD's, uma TV sem controle remoto, uns DVD's jogados e mais uma porrada de coisa empoeirada que a Luiza trazia das viagens. Pra eu me lembrar de todas. Ela já tinha perdido a conta do número de cidades que já tinha visitado.

Em frente, tinha uma janela dessas de abrir para o lado de fora do cômodo. Um dos vidros estava faltando um bom pedaço e ela É bom que sempre refresca. Na parede da direita se via um sofá vermelho em "L" que ficava um assento embaixo da janela. Ela disse que ali era seu canto preferido porque podia apoiar o cinzeiro e o que estivesse bebendo no parapeito de mármore enquanto assistia à TV ou via o movimento da rua.

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