terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

segunda de manhã (v. clarice)

Amanhece e ele ainda tem confetes nos cabelos. Amanhece e ela sente a marchinha no peito. O dia começa sem acabar e eles ainda têm a sensação do calor do último abraço. O perfume do pescoço dele deixou um rastro no vestido dela, o vestido que ela pendurou no armário escondido no meio dos outros para tentar contaminá-los. O dia se ilumina, amanhecer lilás aqui, vermelho lá, o mesmo sol, que banha o mesmo mar, que conecta os dois. Ele encantado com tudo o que vê. Ela obcecada por tudo que sente.

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