domingo, 5 de dezembro de 2010

selos, pinguins, papéis de carta e outras coisinhas mais.

Caguei baldes para sua coleção de vinis. De que adiantou o café na cama, as mensagens de afeto, me contar que falou de mim para a sua mãe e que seus amigos não viam a hora de conhecer de perto a mulher por quem você estava apaixonado. Dessa vez. Foi isso que você esqueceu de me contar. Que na verdade eu era só mais um objeto da sua paixão, dessa sua necessidade pagã de canalizar seus desejos frustrados para um salvador hipotético. O que não passava da libertação de uma infância da qual você não consegue e não deseja escapar porque definitivamente é muito mais fácil quando nos ainda é permitido cometer erros primários. Ainda não sei se no fundo queria ou não exercer esse papel. Talvez tenha me desapontado por não ser mais relevante do que qualquer outra coisa que te acolhesse. Meu orgulho foi absolutamente ferido, isso é fato. Mas no fundo eu não ia aguentar servir de alavanca para o seu sucesso, enquanto a minha vida passaria a ser acompanhar a sua trajetória e mergulhar fundo num oceano de fracasso. Não ia demorar muito para eu me cansar de te entender e relevar seus traumas e mazelas, quem sabe até como forma de tentar esquecer os meus problemas. Faz assim então, guarda aquele poema que eu te dei e começa uma nova coleção: de versinhos medíocres roubados de outros amores para conquistar farsas patéticas como você.

2 comentários:

Antonio de Castro disse...

se o mundo fosse tão simples.

esse monte de coisas que marina pensa são pensadas em proporções semelhantes pelo tal cara q ela acha q simplesmente quer colecionar casinhos.

acho lindo isso, os motivos.

Anônimo disse...

agora faz tanto sentido que assusta até